segunda-feira, 21 de março de 2011

Um saco de água pode espantar moscas?

Mosca

Será que os sacos de água realmente nos protegem contra as moscas?
 
Há diversas variações do saco de água. Alguns dos defensores do método insistem em que os sacos precisam conter raspas de papel-alumínio, ou uma moeda de um centavo. Um par de sites na Web oferece até variações comerciais da ideia, com sacos de água especialmente produzidos para uso como repelente.

As moscas passam muito tempo zumbindo em torno de paraísos de germes como cestos de lixo, carcaças e fezes animais. Depois, carregadas de germes, elas voam em torno do sanduíche que alguém vai comer - é natural querer mantê-las longe. Afinal, elas não são apenas irritantes: são portadoras de doenças.

Se as penas da cauda de um pavão caírem, nascerão novamente?

Penas de pavão


O pavão macho perde suas gloriosas penas anualmente

Esse processo de muda é o mesmo tipo de mudança biológica que ocorre quando as cobras trocam de pele. Os hormônios estimulam o início do processo, programado para depois do período de acasalamento, levando em conta a energia necessária para o crescimento das novas penas

Em aproximadamente sete meses - a tempo para o próximo período de acasalamento - as plumas do pavão nascerão novamente, mais longas e cheias. A cauda atinge o ponto máximo de desenvolvimento por volta dos seis anos. Na verdade, as penas de um pavão adulto podem chegar a mais de 1,5 m de comprimento. Devido ao aumento de tamanho das penas, o pavão é um dos maiores pássaros que existe.

No entanto, quando as penas velhas caem, as pessoas não se desfazem delas. Remontando aos fenícios durante o período bíblico, o pavão foi tirado de seu habitat natural na Índia e países vizinhos e levado para residências reais . Espécies diferentes de pavão apresentam coloração azul, verde, branca, marrom clara ou roxa, mas o pássaro azul e verde da Índia é o mais comum. Lá, ele não é apenas o pássaro nacionalmente protegido, mas é também considerado sagrado dentro da religião hindu. Mesmo nos dias de hoje, os criadores de pavão guardam as mudas para vendê-las enquanto há procura dessas penas pelas indústrias de decoração e moda.

Quantas palavras os cães entendem?

Idoso falando com cão

Os cães podem nos entender quando falamos com eles ou estamos apenas perdendo nosso tempo?
Com certeza, a maioria dos cães compreende o básico: "pegue", "sente" e "fique", mas, se você tiver motivação e paciência, provavelmente poderá ensinar ao seu cão até mesmo mais do que 100 palavras. Stanley Coren, um psicólogo que fez uma quantidade significativa de pesquisas sobre a inteligência canina sugere que o cão treinado conhece cerca de 160 palavras. Alguns cães até possuem um vocabulário tão vasto quanto o dos bebês humanos.
Pelo menos desde os anos 70, quando os pesquisadores treinaram com sucesso chimpanzés para usar e ler palavras em uma linguagem de sinais, nós sabemos que a linguagem, em um sentido amplo do termo, não é exclusividade dos humanos. Os animais têm potencial cerebral para compreender a linguagem humana e usar suas próprias linguagens de formas surpreendentemente profundas. Sabemos que os papagaios podem ser treinados para falar palavras humanas. E cães reagem à palavra "passear" abanando o rabo.

Introdução a por que o pescoço da girafa é tão flexível se tem apenas sete vértebras?









As girafas  se elevam acima de todos os outros mamíferos do mundo. Aparando ramos ao longo das savanas africanas sobre pernas finas como pernas-de-pau, a girafa macho adulta pode exceder os 6 metros  . Mas apenas cerca da metade de sua altura vem de seu tronco - o restante vem do pescoço. E como se todo esse comprimento não fosse suficiente para esse animal, ele ainda tem outra ferramenta para expandir seu alcance: sua língua pode se esticar a até 46 centímetros 

Quanto ao longo pescoço, os cientistas continuam sem respostas definitivas em relação ao exato caminho evolucionário que os ancestrais do animal tomaram para estimular uma adaptação tão singular. Umas das peças mais surpreendentes desse quebra-cabeça é que a vasta extensão do pescoço contém apenas sete vértebras. É o mesmo número de vértebras que os humanos e quase todos os outros mamíferos possuem.
Pescoço de girafa

Graças a seus pescoços altaneiros, as girafas podem atingir até 6 metros de altura

Como explicação, muitos pesquisadores apontam o petisco preferido das girafas, as folhas de acácia, como responsável por essa extensão adicional do pescoço. A teoria da evolução diz que as girafas, através da seleção natural, tem aquele pescoço porque seu alimento preferido estava no alto dessas árvores de 6 metros. Entretanto, as girafas também passam algum tempo, particularmente durante a última parte do dia, com suas pernas abertas obliquamente, mastigando gramíneas e arbustos rasteiros

Outros pesquisadores dizem que talvez se trate de impressionar as fêmeas de pescoço mais curto. As girafas macho, chamadas touros, brigam numa competição pescoço contra pescoço pelas girafas fêmeas. Semelhante a carneiros entrelaçando chifres em batalhas exaltadas, os touros usam seus pescoços robustos para atingir um ao outro com força esmagadora. As leis da adaptação sugerem que aqueles com o pescoço mais longo e forte ganham a competição.

Seja qual for o caso, as sete vértebras das girafas fazem as nossas parecerem anãs. Na verdade, cada vértebra do pescoço da girafa pode ter até 25 centímetros de comprimento [fonte: San Diego Zoo]. Como você pode adivinhar, isso não é feito exatamente para uma carga leve: estamos falando de cerca de 270 quilos

Por que o índice de natalidade dos pandas é tão baixo?

Em 6 de setembro de 2006, a panda gigante Lun Lun, de 9 anos de idade, deu à luz um filhote. De acordo com o Zoológico Atlanta, que hospeda Lun Lun e seu companheiro Yang Yang, esse foi apenas o quinto filhote nascido nos Estados Unidos desde 1990. Como quatro zoológicos dos Estados Unidos abrigam pares reprodutores de pandas, esse número parece ser um pouco baixo. Muitas pessoas vêem os programas de reprodução como essenciais para a sobrevivência da espécie dos pandas gigantes. Contudo, os veterinários e pesquisadores nem sempre tiveram muito sucesso com a reprodução de pandas gigantes. Em cativeiro, muitos pandas macho parecem desinteressados em acasalar ou não parecem saber como fazê-lo. Por exemplo, Ling-Ling e Hsing-Hsing, o primeiro par de pandas a viver nos Estados Unidos, tentou acasalar durante 10 anos, sem sucesso. Depois que finalmente aprenderam­ a acasalar, tiveram cinco filhotes, mas nenhum sobreviveu até a idade adulta.


Um panda
Os cientistas assumiram certa vez que essa falha em acasalar também existiu na vida selvagem. Contudo, os pesquisadores aprenderam que vários machos competem por cada fêmea durante a época de acasalamento. O macho dominante geralmente acasala com uma fêmea várias vezes. Esse processo pode dar aos pandas mais jovens uma chance de aprender sobre o acasalamento. Também ajuda a garantir que cada fêmea fértil fique grávida. Os pandas gigantes selvagens normalmente dão cria a cada dois anos durante cerca de 15 anos.
A vida no cativeiro, contudo, é completamente diferente. Fora da China, os zoológicos geralmente têm no máximo um ou dois pares de pandas reprodutores, portanto os machos não competem pelas fêmeas. Os machos e as fêmeas normalmente vivem em diferentes áreas até que as fêmeas estejam prontas para acasalar. Além disso, os pandas selvagens fêmeas cuidam de seus filhotes durante cerca de um ano e meio e não são férteis durante esse período. Os zoológicos costumam separar filhotes cativos de suas mães aos seis meses de idade na esperança de que suas mães venham a conceber mais rapidamente. Alguns cientistas acreditam que isso pode causar dificuldades de comportamento, incluindo a relutância dos pandas em procriar.
A fisiologia dos pandas também torna a reprodução em cativeiro um desafio. As fêmeas dos pandas gigantes estão em estro, ou no cio, durante 12 a 25 dias em cada primavera. Durante esse período, elas são receptivas ao acasalamento durante dois a sete dias. Elas estão férteis apenas durante 24 a 36 horas. Em outras palavras, os pandas gigantes têm uma janela muito estreita na qual podem conceber, e essa janela só se abre uma vez por ano.
Recentemente, os cientistas se tornaram mais experientes em ajudar os pandas cativos a conceber. Os guardas de zoológicos treinam os pandas para se submeterem a procedimentos veterinários que os ajudam a entender os ciclos reprodutivos dos pandas. Outros avanços incluem:
  • testes mais precisos para detectar hormônios na urina das fêmeas e determinar se estão ovulando ou não;
  • melhor entendimento dos padrões de comportamento dos pandas;
  • procedimentos de inseminação artificial] mais confiáveis.
Mesmo após o acasalamento ou inseminação artificial bem-sucedidos, pode ser difícil ou impossível determinar se um panda está prenha ou não. Os veterinários geralmente não sabem se um panda está prenha até ela dar à luz. Muitas pandas fêmeas sofrem de gravidez psicológica, período no qual mostram sinais psicológicos e comportamentais de gravidez sem realmente estarem grávidas. Pode ser impossível distinguir a gravidez psicológica da gravidez real. Geralmente, os veterinários não conseguem localizar um feto nem com o ultra-som. Isso ocorre porque o feto do panda é muito pequeno e não se implanta no útero até cerca de 45 dias antes do nascimento.

Como funciona a bioluminescência

Imagem da medusa-de-lua que não mostra a verdadeira luminescência.

Imagens como essa geralmente são usadas para ilustrar a bioluminescência, mas, às vezes, elas não exibem a luminescência.Essa é uma imagem surpreendente, resultado do flash da câmera que ricocheteou de uma medusa-de-lua.
Muitos animais usam a luz que produzem da mesma forma que as pessoas utilizam lanternas ou holofotes. Mas os animais produzem luz de uma maneira bem diferente das lâmpadas. As lâmpadas tradicionais criam a luz através da incandescência. Um filamento dentro da lâmpada esquenta e emite a luz. Esse processo particularmente não é eficiente, uma vez que gera calor suficiente para fazer a luz desperdiçar uma grande quantidade de energia.
Bioluminescência na planta de fumo

Uma planta de fumo usada pelos pesquisadores para estudar a forma como os genes relacionam-se com a luz fria foi alterada geneticamente usando os genes do vaga-lume
Os animais brilhantes, por outro lado, normalmente criam a luz através da luminescência. Em animais luminescentes, os compostos químicos se misturam para produzir o brilho. É semelhante à forma como as substâncias de um bastão luminoso combinam-se para produzir a luz. A luminescência é bem mais eficiente do que a incandescência. Não exige nem gera muito calor, então, às vezes, é conhecida como luz fria.
Os cientistas tiveram uma idéia básica da diferença entre incandescência e luminescência há 2.500 anos. Em 1600, pesquisadores começaram a descobrir exatamente como os animais produzem sua própria luz. Mas como animais diferentes usam substâncias diferentes, os cientistas ainda não sabem com exatidão como cada espécie bioluminescente produz luz. Em alguns casos, os pesquisadores não sabiam por que um animal produzia uma luz, nem como ele tinha controle para acender e apagar sua própria luz. Também pode ser bastante difícil estudar a bioluminescência, pois muitos animais, quando capturados, gastam todas as suas habilidades luminescentes. Em outros casos, o processo de captura destrói os órgãos que poduzem luz.

Princípios básicos da luz
Quente ou fria, a luz geralmente vem de uma fonte - um elétron excitado. Basicamente, a energia faz o elétron subir um nível na sua órbita atômica. Quando o elétron se fixa, ele libera um fóton, ou um pacote minúsculo de luz. Saiba mais sobre o processo em Como funciona a luz.
Nesse artigo, examinaremos o processo básico por trás da luminescência e como os animais utilizam as habilidades luminescentes a seu favor. Também veremos algumas questões sem respostas sobre como e por que os animais produzem luz.

Os animais podem prever a morte?

Em julho de 2007, uma história fascinante surgiu no New England Journal of Medicine sobre um gato que podia "prever" as mortes de pacientes em uma casa de saúde várias horas antes deles morrerem. Oscar, um gato adotado pela equipe da Casa de Saúde e Reabilitação Steere em Providence, R.I., fez pelo menos 25 previsões bem-sucedidas, nas quais os pacientes morreram horas após o gato sentar ao lado de seus leitos. Após a equipe da casa de saúde ter percebido a capacidade de Oscar, eles começaram a alertar as famílias sempre que o gato assumia seu posto próximo ao paciente. A maioria das famílias tolerava ou mesmo agradecia a sua presença, apesar de Oscar ficar estressado se forçado para fora do quarto de um paciente morrendo, miando atrás da porta.

Gatos normalmente são associados a um comportamento alheio e independente.
Gatos normalmente são associados a um
comportamento alheio e independente.
Eles realmente têm um sexto sentido quanto à morte iminente?
As ações de Oscar parecem ser deliberadas. Ele regularmente caminha em volta da unidade da casa de saúde para pacientes com demência  avançada. Ele fareja e fita uma paciente antes de sentar-se ao lado dela. Oscar então ronrona enquanto está com a paciente e normalmente a deixa logo após ela morrer.
Como Oscar faz isso? Trata-se de um "sexto sentido", um cheiro exclusivo que ele fareja ou algo mais? Especialistas em animais formularam várias explicações, mas a maioria concorda que provavelmente isso tem a ver com um cheiro específico produzido por pacientes terminais. Em outras palavras, pessoas que estão morrendo exalam cheiro de determinados produtos químicos que não são detectáveis por outros humanos, mas que podem provocar o olfato de Oscar. Um especialista em felinos disse que os gatos podem sentir doenças em seus amigos humanos e animais . Jacqueline Pritchard, uma especialista em animais, disse à BBC News que ela estava certa de que Oscar estava sentindo os órgãos vitais entrando em colapso 
Quanto a por que ele faz vigília próximo aos pacientes, Oscar pode estar imitando o comportamento da equipe que passa mais tempo com pacientes que estão morrendo. Um especialista em animais sugeriu que pode ser que Oscar simplesmente aprecia o conforto de cobertores aquecidos colocados em pacientes que estão morrendo.
Histórias de animais com habilidades notáveis não são raras. Há muito tempo existem histórias de cães que detectam vários tipos de câncer com seu faro. Um estudo comprovou depois que os cães podiam sentir evidência de câncer de bexiga ao farejá-lo na urina. Algumas pessoas que sofrem de epilepsia grave usam cães especialmente treinados fornecidos por instituições de caridade. Esses cães avisam seus donos sobre convulsões  iminentes, dando lambidas ou fazendo algum outro sinal. Uma mulher disse que seu cão regularmente lhe dá um aviso com antecedência de 40 minutos, permitindo que ela vá para um local seguro para não se preocupar com perigos quando ela tem convulsões 
Os cães que sentem convulsões buscam cheiros sutis e mudanças nas características dos seus donos (como pupilas dilatadas). O seu treinamento, que leva pelo menos um ano, lhes ensina a avisar seus donos. Apesar de estarmos acostumados a ouvir falar de cães que aprendem a ajudar os cegos ou a buscar pessoas feridas, o caso de Oscar é mais curioso. Gatos, diferentemente de cães ou mesmo elefantes, não são associados a um comportamento altruístico ou empático. Cientistas acreditam que cães podem sentir doenças nos outros devido à sua origem evolucionária como os lobos, que precisavam ser capazes de detectar quando algum animal na matilha estava ferido ou doente.

Existem lagostas de 200 kg?

As lagostas são criaturas curiosas. Apesar de sua aparência estranha, e até mesmo grotesca, e o apelido de "barata do mar", as lagostas são uma iguaria deliciosa e muito apreciada pelos humanos ao redor do mundo. Mas as lagostas também são criaturas bem sofisticadas. As duas garras de uma lagosta podem vir em várias formas diferentes (esmagadora e cortadora, duas esmagadoras ou duas cortadoras). Ela tem quatro antenas longas e pêlos sensíves que permitem cheirar os aminoácidos  da sua presa. E essas presas podem variar: as lagostas comem até 100 tipos diferentes de animais e, ocasionalmente, plantas. Elas até comem seus irmãos mais vulneráveis, embora isso seja mais comum em cativeiro (é por isso que lagostas em cativeiro possuem elásticos nas garras). As lagostas às vezes enterram seu alimento e só o comem depois de vários dias. Elas usam dentes localizados em seus estômagos , comem as mudas de suas conchas (cheias de cálcio) e podem perder apêndices ao serem atacadas, feridas ou surpreendidas, apenas para que eles se regenerem em seguida. Finalmente, as lagostas seguem uma hierarquia e são as fêmeas que fazem a corte.
Mas há um fato sobre lagostas que é o seu triunfo: as lagostas não mostram sinais de envelhecimento. Elas não ficam lentas ou mais fracas ou mais suscetíveis à doenças. Elas não ficam inférteis  - lagostas mais velhas são inclusive mais férteis que as jovens. A maioria das lagostas parece morrer por causa de algo que aconteceu com elas e não por causa de falhas ou defeitos em uma parte do corpo. Elas são criaturas tão resistentes que os cientistas ainda não têm certeza de quão velhas as lagostas podem ficar. Adicione aí que as lagostas crescem ao longo de suas vidas, e alguém pode perguntar: É possível que uma lagosta nascida antes de Napoleão e tão pesada como um atacante de futebol americano esteja se alimentando no fundo do mar?


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Cientistas não sabem quão grandes as lagostas podem ficar, ou se têm uma expectativa máxima de vida. Veja mais
Já que as lagostas nunca páram de crescer, a idade de uma lagosta é geralmente determinada pelo tamanho, embora elas possam crescer em taxas diferentes dependendo do ambiente. Uma lagosta de 500 g (o tamanho mínimo para ser ingerida legalmente) tem normalmente de 5 a 7 anos de idade, mas lagostas criadas em águas com 20º C atingem 1 kg em menos de dois anos. A maior lagosta já pescada pesava 22 kg. Como podemos prever, quanto maiores as lagostas ficam, mais competição elas enfrentam por fontes de alimento e mais atenção atraem dos predadores. Isso pode complicar a vida de uma mega-lagosta. O Professor Jelle Atema da Universidade de Boston, que tem estudado lagostas por décadas, quer testar os limites do animal. Atualmente, ele tem uma lagosta de 7,5 kg vivendo em uma gaiola, livre de predadores e patógenos. Mesmo nessas condições idílicas, vão se passar anos antes da lagosta do Professor Atema quebrar algum recorde.
Devemos perguntar ao Professor Atema, ou a seus sucessores, daqui algumas décadas, para ver a medida da lagosta monstruosa, mas enquanto isso, vamos considerar o porquê das lagostas viverem tanto e ficarem tão grandes, e o que isso significa para os outros animais, incluindo humanos.

Como as arraias matam?



Arraia
Steve Irwin, o famoso "Caçador de Crocodilos", conhecido por procurar alguns dos animais mais perigosos que existem e lidar com eles, morreu no dia 4 de setembro de 2006 em um acidente chocante com uma arraia. Seis semanas depois, uma arraia pulou em um barco pesqueiro na Flórida e atingiu James Bertakis, de 81 anos, no peito. As arraias são consideradas criaturas dóceis pela maioria dos especialistas, atacando apenas em autodefesa. A maioria dos ferimentos causados por arraias nos humanos ocorre nos tornozelos ou nas panturrilhas, quando alguém acidentalmente pisa em uma arraia enterrada na areia, fazendo o peixe assustado levantar sua perigosa cauda. Oficiais acreditam que o incidente na Flórida foi completamente incomum. Nos primeiros estágios de investigação do acidente de Steve Irwin, alguns especialistas levantaram a hipótese de que a posição de Irwin (acima do peixe) e do cameraman (na frente do peixe) poderia ter feito a arraia se sentir ameaçada e atacar em autodefesa. Outros, disseram que ataques de arraias não provocadas não são incomuns.
As fatalidades relacionadas com arraias (em humanos) são extremamente raras, em parte porque o veneno da arraia, embora seja extremamente doloroso, não costuma ser fatal - a não ser que o ataque inicial seja no peito ou na área abdominal. No caso de Irwin, a farpa perfurou o coração. James Bertakis também foi atingido no peito, e possivelmente no coração, mas não tentou remover o aguilhão, o que pode ser uma das razões pelas quais sobreviveu ao ataque.
Agências de notícias relataram que o encontro de Irwin foi com uma arraia-touro australiana, que deve pesar cerca de 100 kg. Irwin estava mergulhando a cerca de 2 metros abaixo da água, filmando um novo documentário chamado "Ocean's Deadliest" (Os mais fatais do oceano), na costa da Austrália. Ele estava nadando com uma das maiores espécies de arraias (as arraias-touro australianas podem ter até 1,2 metros de largura e 2,4 metros de comprimento), mas todas as arraias usam o mesmo mecanismo de ataque, independentemente do tamanho. Esse mecanismo se chama aguilhão, com até 20 centímetros de comprimento em uma arraia-touro, localizado perto da base da cauda. O aguilhão tem um espinho com os lados serrilhados, ou farpas, voltados para o corpo do peixe. Existe uma glândula de veneno na base do espinho e um revestimento parecido com um membrana que cobre todo o mecanismo do aguilhão.


Arraia-touro australiana, também conhecida
como arraia-águia do sul, Myliobatis australis
Quando uma arraia ataca, ela precisa estar de frente para a vítima porque a única coisa que faz é levantar sua longa cauda sobre seu corpo para atingir qualquer coisa que esteja a sua frente. A arraia não tem controle direto sobre o mecanismo do aguilhão, somente sobre a cauda. Na maioria dos casos, quando o aguilhão entra no corpo de uma pessoa, a pressão faz com que o revestimento protetor rasgue. Quando o revestimento rasga, os lados farpados e serrilhados do espinho penetram e o veneno entra na ferida.
O veneno de uma arraia não é necessariamente fatal, mas provoca muita dor. Ele é composto pelas enzimas 5-nucleotidase e fosfodiesterase e pelo neurotransmissor serotonina. A serotonina faz com que a musculatura lisa se contraia com força e é esse componente que torna o veneno tão doloroso. As enzimas provocam a morte de tecidos e de células. Se o veneno penetra em uma área como a do tornozelo, a ferida geralmente pode ser tratada. O calor neutraliza o veneno da arraia e limita a quantidade de danos que ele pode causar. Se a área não for tratada rapidamente, pode ser necessária a amputação. Se o veneno penetra no abdômen ou na cavidade torácica, porém, a morte do tecido pode ser fatal em razão dos importantes órgãos localizados ao redor. Se o espinho penetra no coração, como parece ter sido o caso de Steve Irwin, os resultados geralmente são fatais.
Embora o veneno da arraia possa causar sérios danos, a parte mais destrutiva do mecanismo do aguilhão são as farpas no espinho. A ponta afiada do aguilhão penetra no corpo da pessoa facilmente, mas sua saída pode causar graves danos. Lembre-se de que as pontas das farpas ficam voltadas para a arraia. Mesmo que não houvesse veneno, puxar um espinho do peito ou do abdômen de um humano poderia ser o suficiente para causar a morte devido à quantidade de tecidos que são rasgados.

Rãs à beira da extinção

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Estima-se que as rãs perderam 170 espécies apenas nos últimos 10 anos
A classe dos anfíbios em geral (as rãs são somente o grupo mais populoso da classe, que também inclui as salamandras e as cecílias) esteve realmente em declínio por algum tempo. Poluição, aquecimento global e destruição do habitat em conseqüência do desenvolvimento humano já cobraram um tributo pesado. As rãs, em particular, foram quem mais sofreram com isso, e estima-se que perderam 170 espécies apenas nos últimos 10 anos, com outras 1.900 em situação de ameaça, que é um degrau abaixo da designação de perigo de extinção (o que significa extinção iminente). Mas apenas parte da destruição é artificial. Um fungo identificado na última década parece estar acelerando exponencialmente a morte da população mundial de rãs.

O chytrid fungus cobre a pele das rãs e torna seus poros não funcionais. Como as rãs contam com a pele porosa para hidratação e parte da respiração, o fungo essencialmente corta o suprimento de água e torna difícil a respiração, tornando inevitável a morte por desidratação. Os cientistas acreditam que esse fungo pode ter começado a se espalhar pelo mundo nos anos 40, quando as rãs africanas de garras - uma das únicas espécies reconhecidas como imunes aos efeitos do fungo - foram transportadas para todo o mundo para uso em pesquisa médica, especialmente em testes de gravidez. As rãs africanas põem ovos quando injeta-se nelas a urina de uma humana grávida. É possível que o fungo africano tenha então começado a atacar outras populações de rãs que não eram imunes a ele. A descoberta do chytrid fungus e seus efeitos devastadores na população de anfíbios levou ao desenvolvimento de um projeto de 500 milhões de dólares chamado Amphibian Ark, ou a Arca dos anfíbios).
A Arca dos anfíbios apela a todos os zoológicos, jardins botânicos e aquários ao redor do globo para que cada um recolha 500 membros de pelo menos uma espécie da classe dos anfíbios. O zôo deve limpar cada animal para se certificar de que o fungo não atacará a população protegida. Depois disso, deve isolar a população. A idéia é salvar membros de cada uma das aproximadamente 6.000 espécies remanescentes até que a ciência encontre um meio de deter a propagação do chytrid fungus na natureza.

Assim que o fungo for controlado, os zôos libertarão as rãs, salamandras e cecílias de volta na natureza. Os conservacionistas vêem a ação protetora como um passo absolutamente necessário para garantir que as futuras gerações saibam como é o som de uma rã, que a América do Sul não fique infestada de mosquitos portadores de doenças, e que remédios que salvam vidas continuem a ser extraídos de rãs. Os analgésicos contam com as rãs para pelo menos um ingrediente ativo e pesquisadores da AIDS encontraram uma substância química nas rãs que parece ter efeito anti-HIV.
Há rumores que dois terços das várias espécies de anfíbios na América Central e do Sul desapareceram. A rã de perna amarela da montanha quase desapareceu do Parque Nacional Yellowstone e a maioria dos membros remanescentes da espécie no parque tem o fungo. Em janeiro de 2007, o Japão encontrou os primeiros casos do fungo em sua população de rãs.

As corcovas dos camelos armazenam água?

Na realidade, uma corcova de camelo é um monte de gordura. Em um camelo saudável e bem alimentado, a corcova pode pesar até 35Kg! Seres humanos e a maioria dos animais armazenam suas gorduras misturadas com o tecido muscular ou em uma camada logo abaixo da pele. Camelos são os únicos animais que possuem corcova.
Dromedários e camelos guardam água em suas corcovas? Não se engane. O que tem ali é cerca de 35 kg de gordura
© Dmitry Mordvintsev / iStockphoto
Dromedários e camelos guardam água em suas corcovas? Não se engane. O que tem ali são cerca de 35 kg de gordura
  A corcova permite que o camelo possa sobreviver por um período bem longo de até duas semanas sem precisar se alimentar. Devido ao fato de normalmente os camelos viverem no deserto, onde a comida é escassa em longas distâncias, isso é importante.
Um camelo precisa de cerca de 20 litros de água por dia no verão. Entretanto, um camelo pode perder até 100 litros de água de seus tecidos corporais sem efeitos adversos. Uma coisa que um camelo pode fazer por conservar água é suportar grandes oscilações de temperaturas do corpo. Um camelo pode começar o dia a 35ºC e deixar que sua temperatura suba até 40ºC. Somente no final dessa faixa de temperatura máxima é que ele precisará suar para evitar superaquecimento. Quando você compara essa faixa de temperatura com a faixa do corpo humano, em que meros 2 graus de aumento indicam uma doença, você percebe a vantagem.
Outros dados sobre o camelo:
  • um camelo adulto pesa entre 318 a 680 kg e tem até 2,1 metros de altura
  • camelos podem viver até a idade de cinqüenta anos
  • a gestação das camelas dura cerca de onze meses e elas dão à luz uma única cria
  • o camelo macho chega à maturidade aos cinco anos e a fêmea entre os três e quatro anos
  • na realidade, os camelos têm três pálpebras: duas delas possuem pestanas e uma terceira é fina
  • um camelo pode fechar suas narinas
  • o camelo, como os caprinos, come de tudo
  • camelos de carga podem carregar cargas de até 181kg por 40km em um dia

Se você tocar as asas de uma borboleta, ela morrerá?

Asas de borboleta

Este encontro pode resultar em problema para a borboleta?


Você pode estar pensando que se gotas de chuva podem ferir uma borboleta, seus dedos também podem. Você está certo. Mas será verdadeira a famosa lenda que diz que a borboleta morre se você tocar suas asas? Não necessariamente - e desde que você não queira maltratar estas belas criaturas.

Pesquisadores do assunto têm apanhado e catalogado borboletas ao longo dos anos para rastrear o paradeiro delas. Estes cientistas e voluntários utilizam redes para capturar insetos voadores para depois, delicadamente, raspar uma pequena área para expor a membrana da asa. Depois eles adicionam uma pequena etiqueta na asa e libertam o inseto. Entre outras constatações, estes estudos revelaram muito sobre a migração das borboletas-monarcas.

As borboletas não somente sobrevivem a estes aparentemente "traumáticos encontros", como também conseguem fugir ilesas de ataques de pássaros e de tempestades. Algumas conseguem até mesmo voar depois de ter um pequeno pedaço de sua asa despedaçada.

Apesar desta capacidade incrível de sobrevivência, as borboletas devem ser manuseadas com cuidado, ou melhor, nem devem ser tocadas. A seguir, saiba como as borboletas utilizam suas frágeis asas.